Norte-americanos criam andaimes inteligentes com monitorização estrutural integrada

Uma equipa de investigadores da Universidade Estatal da Pensilvânia (PennState) estão a desenvolver a nova geração de andaimes para construção, muito mais seguros que os andaimes tradicionais devido à tecnologia de monitorização estrutural integrada.

Para tal os engenheiros da PennState recorreram ao uso dos chamados Sistemas Ciber-físicos (CPS), sistemas compostos por unidades computacionais colaborativas, dimensionados para permitirem uma integração perfeita e transparente dos algoritmos com as componentes físicas. Largamente utilizados nos setores dos transportes e da saúde, são caracterizados pela sua elevada escalabilidade, resiliência e fiabilidade, propriedades fundamentais para poderem ser usados em ambientes de estaleiro de construção civil.

A tecnologia permite estabelecer a ligação entre sensores instalados nas estruturas temporárias e modelos virtuais avançados de avaliação e previsão do comportamento.
Possibilita a realização de inspeções estruturais de forma quase imediata, interação remota bidirecional e o lançamento de alertas precoces de possíveis colapsos, incluindo a notificação de potenciais perigos, através de plataformas móveis, dos operários da construção civil a trabalhar no local monitorizado.

Os modelos virtuais desenvolvidos pela PennState são dotados de algoritmos de inteligência artificial e de autoaprendizagem, que permitem “sentir” quando determinada ação leva a que os riscos aumentem. Recebem informação de dois em dois segundos, um intervalo suficientemente pequeno para que seções críticas das estruturas de andaimes possam ser assinaladas nos modelos 3D e as medidas adequadas possam ser tomadas com prontidão.

Os ensaios da tecnologia nos laboratórios da Universidade Estatal da Pensilvânia foram realizados em vários cenários distintos, de forma a cobrir uma parte significativa das ocorrência mais comuns em obras de construção.
O sistema foi testado em casos de assentamento da fundação das estruturas de andaimes, excesso de carga, deslocamentos excessivos dos passadiços, ausência de contraventamento e a existência de ações dinâmicas do vento e ações originadas pelo embate de veículos na estrutura.

Fonte: PennState




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