O governo japonês vai financiar a reabilitação da estrada Mandimba/Lichinga em 68 milhões de dólares, num troço de cerca de 90 quilómetros. O acordo para o efeito foi rubricado ontem, em Maputo, pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze e pelo embaixador nipónico em Moçambique, Eiji Hashimoto.

O projeto, a ser implementado pela Administração Nacional de Estradas (ANE), está dividido em dois lotes, sendo o primeiro, Cuamba/Massangulo, a cargo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e Massangulo-Lichinga, que é coberto pelo financiamento japonês, através da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA).

O embaixador japonês disse na cerimónia de assinatura do protocolo que o projeto irá impulsionar o desenvolvimento das províncias do norte, desde a parte da estrada Cuamba/Mandimba, que irá completar o Corredor de Nacala entre o Porto de Nacala até à fronteira com o Malawi.

O troço, de cerca 150 quilómetros, dos quais o Japão financia a reabilitação de 90, “é um corredor interno vital e estratégico para a redução da pobreza”, disse o diplomata nipónico.Segundo deu a conhecer, esta estrada substitui uma rodovia de terra batida, abrindo com segurança de transitabilidade o acesso rodoviário para as áreas remotas, especialmente durante a estação chuvosa, que é um dos principais
obstáculos para o desenvolvimento da maioria dos distritos do Niassa.

Por seu lado, Herinque Banze disse na ocasião que a assinatura do acordo demonstrava, de forma inequívoca, o desejo de trabalhar com o Japão no desenvolvimento do Corredor de Nacala.

Segundo Banze, as infraestruturas são algumas das áreas prioritárias do Executivo moçambicano, sendo a estrada Mandimba/Lichinga muito importante para o transporte de pessoas e bens, e que visa ligar o interior e a costa.

Depois da assinatura deste acordo, seguir-se-ão outras cerimónias de carácter técnico com vista a aprimorar a execução do projeto.
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