Tecnologia inspirada em penas de aves está a ser usada para tornar turbinas eólicas mais silenciosas

Uma nova tecnologia de revestimento desenvolvida pelo Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da Universidade de Cambridge poderá ajudar a tornar as turbinas eólicas mais silenciosas. Inspirado na microestrutura das penas das asas das corujas, o novo material permite uma melhoria significativa da aerodinâmica das pás de turbinas eólicas o que resulta numa redução do nível de ruído localizado e do impacto ambiental de grandes parques eólicos.

A ideia partiu da observação do voo das corujas, que se deslocam de forma extremamente silenciosa, graças à intrincada estrutura das suas asas, otimizada pela natureza para impedir a deteção prematura pelas suas presas.
Os investigadores da universidade inglesa recorreram a microscopia eletrónica para examinar em detalhe a microestrutura das penas. Ao contrário do que acontece com outras aves, as penas das corujas têm uma geometria uniforme, suave, que permite a passagem do ar com quase nenhuma resistência.

Para replicar o efeito dessa configuração, os investigadores britânicos criaram um material com uma superfície que permite dissipar os fluxos de ar que originam o ruído. Quando aplicado em pás de turbinas eólicas, o revestimento, fabricado através de tecnologias de impressão tridimensional, possibilita uma redução do ruído de 10dB, sem impactos apreciáveis na aerodinâmica das pás ou no rendimento global das turbinas.

A aplicação desta tecnologia no projeto e construção de parques eólicos apresenta duas vertentes.
Por um lado pode ser usada para reduzir, de forma eficiente, o ruído gerado, permitindo a localização de estruturas eólicas mais próximo de zonas urbanas.
Por outro lado a tecnologia pode ser aplicada para permitir o aumento da velocidade de funcionamento de turbinas eólicas existentes, incrementando a produção de energia elétrica, para o mesmo nível de ruído.

 




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