A Siemens assinou um contrato com a CLIN (Corredor Logístico Integrado de Nacala) no valor aproximado de 115 milhões de euros, para o fornecimento, instalação e operacionalização de soluções de distribuição de energia para um novo porto de águas profundas em Nacala-à-Velha, bem como para um projeto de sinalização ferroviária da linha mineira Nacala-Moatize, em Moçambique.

A CLIN foi constituída pela Vale, a maior empresa de exploração mineira do Brasil, e pela Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), empresa estatal ferroviária de Moçambique. A joint-venture assinou um contrato com o Governo de Moçambique para a construção de uma linha-férrea e um porto de águas profundas. Os dois projectos fazem parte do Corredor de Desenvolvimento de Nacala, que vai desde a Costa de Moçambique a todo o país, passando pelo Malawi e de volta para as montanhas de Moçambique, fazendo todo o caminho até Moatize.

A rota ferroviária de 912km servirá, no futuro, para transportar o carvão de uma mina na província de Tete para as instalações de navegação costeira. Uma vez concluídas estas instalações em Nacala-à-Velha deverão ter uma capacidade de 18 milhões de toneladas por ano.

Para fornecer energia a toda a instalação portuária a Siemens irá entregar os transformadores e as proteções de média e baixa tensão bem como os centros de controlo de motores ajustáveis adequados para o fornecimento de energia e controlo dos tapetes transportadores.

Segundo noticiou a RM, o fornecimento do design chave-na-mão e a construção da subestação principal de alta tensão 110/22kV compreende o abastecimento e a instalação de dois transformadores da Siemens de 40MVA e um de 10MVA, com uma chegada de 110kV e uma de 33kV.

As “e-houses” são a componente-chave do projecto. A grande vantagem desta solução é que pode ser transportada para o local de instalação totalmente montada e pré-testada. Este tipo de solução, comparando com um sistema tradicional, leva muito menos tempo a construir e integrar, trazendo benefícios mensuráveis para o operador, uma vez que se consegue optimizar o processo de produção. Devido à sua construção compacta, as “e-houses” podem ser reutilizadas e transportadas para um novo local.

A Siemens “exige uma procura crescente em todo o mundo por parte da indústria de petróleo e gás, dos metais e do sector da mineração, nas “e-houses”, pois permite um fornecimento de acordo com as necessidades do cliente, ou seja, uma solução personalizada. Muitas das unidades existentes nestas indústrias são construídas e exploradas em regiões remotas e de difícil acesso”.

Com a utilização de equipamentos de dimensões reduzidas e isolados a gás, um segmento no qual a Siemens é um dos maiores fornecedores do mundo, a empresa pode implementar particularmente “e-houses” compactas.
A solução da Siemens para a sinalização da linha ferroviária, que faz a ligação entre as importantes minas de carvão em Moatize e o Porto de Nacala-à-Velha, inclui a instalação de um Positive Train Control (PTC), Interlockings (IxL) e um Operations Control Center (OCC).

Este projecto representa um importante marco na história da empresa, uma vez que a recente integração da Invensys na Rail Auto-mation Business Unit da Siemens tem impulsionado a oferta de soluções e a competitividade global da indústria de sinalização ferroviária. A Siemens adquiriu com sucesso a Invensys, uma companhia ferroviária do Reino Unido, em Maio de 2013, que está agora completamente integrada ao seu portfólio de soluções.
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