O Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização não-governamental nacional, considera que o financiamento no sector de Água e Saneamento em Moçambique continua aquém do desejado.

Para a CIP, apesar dos esforços envidados pelo Governo para o Sector de Água e Saneamento nos últimos anos, o alcance das metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milénio previstas para 2015 nesta área de atividade contínua aquém do desejado.

A constatação, segundo a AIM, resulta de um estudo sob tema: “Análise de Financiamento no Sector de Água e Saneamento em Moçambique”, apresentado hoje, em Maputo, pelo CIP.

O estudo foi realizado nas províncias de Maputo, Zambézia e Niassa através de uma parceria com a WaterAid, uma organização não-governamental internacional de carácter humanitário.

Lourino Dava, do CIP, contou que o estudo revela problemas relacionados com fragilidades institucionais no processo de alocação de recursos neste sector, que continua a depender dos recursos externos para fazer os investimentos necessários para o aumento progressivo e sustentável de cobertura.

Explicou que de todos os investimentos realizados nos últimos quatro anos (2008-2011) em abastecimento de água e saneamento, pouco mais de 80 por cento foram direcionados para o sector urbano e menos de 20 por cento para as zonas rurais. “A análise incidiu sobre documentos oficiais, tais como o Orçamento do Estado e o respetivo relatório de execução dos últimos cinco anos, políticas, orçamentos de entidades tuteladas e subordinadas relevantes para o sector de água e saneamento, bem como de entidades não-governamentais que operam neste sector em Moçambique”, disse Dava.

Como recomendações, segundo a fonte, o estudo avança para a necessidade de se procurar soluções ao nível de ajustes orçamentais que satisfaçam a demanda dos serviços.