Mobilidade e comércio na CPLP: fortalecer a integração para dinamizar as economias lusófonas, atenuando barreiras recíprocas.
Não restem dúvidas que é inadiável implementar medidas ousadas e inovadoras que potenciem os intercâmbios entre os países que formam esta vasta comunidade unida pela expressão e onde, das diferenças entre todos, sobressai um extraordinário equilíbrio de necessidades coadunáveis.
Cabe à diplomacia alcançar entendimentos para uma convergência de interesses clara e vias de desenvolvimento partilháveis, seguindo mesmo alguns conceitos bem-sucedidos de cidadania comunitária: a criação de um passaporte acessível aos nacionais da CPLP (CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) representaria um importante avanço no reforço das relações entre as nações integrantes – sujeito a critérios de atribuição e validação, mas não sendo porém um documento especialmente restritivo e contrário aos seus propósitos agregadores.
Gerar-se-iam fluxos migratórios mútuos e expansão de negócios – hoje plenamente monitorizáveis – além de muitas outras dinâmicas de cariz empresarial, associando ainda nesta rede as comunidades emigrantes de cada um dos países lusófonos. Estima-se que, mundialmente, cerca de 370 milhões de pessoas falem Português, número que adquire particular relevância considerando as realidades de comunicação e mobilidade presentes.
Idealizar incentivos fiscais que motivassem as junções entre empresas contribuiria para a constituição de estruturas mais capacitadas a competir globalmente, usufruindo das oportunidades decorrentes do impulso económico que acontece na Ásia, em África e na América Latina. Por seu turno, a situação geográfica de cada Estado da CPLP tenderá a constituir-se como uma vantagem ainda mais evidente perante esta conjuntura.
Façam-se pois as concessões necessárias: se somos de facto úteis uns aos outros, sejamos essenciais, coesos e cooperantes.