Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) caminham a passos largos para a maturidade. A tecnologia está em expansão entre as empresas nacionais, existindo, por isso, boas oportunidades no mercado. Razões mais do que suficientes para que o director da PH Informática, Hugo Dias, se mostre expectante em relação ao futuro. O responsável acredita que «esta é uma área fundamental para a boa utilização de informação e que contribui, indiscutivelmente, para a qualidade e a eficácia nas tomadas de decisão». Opinião semelhante tem também a directora de negócios SIG da SigWeb, Carla Vaz Paulo, para quem, «apesar de ter sido afectada pela actual situação de mercado», esta área tem conseguido «ir ao encontro das novas tecnologias que emergem em Portugal».
Na opinião do responsável pela gestão de soluções GIS na Micrograf, João Pina de Souza, tem sido também o abrandamento económico a marcar o mercado nacional de SIG. Actualmente, «qualquer desafio à modernização está a ser devidamente analisado por base em ROI orientados para a máxima produtividade, convergindo para investimentos de curto-prazo e aproveitamento de fundos estruturais».
Do lado da Intergraph, o seu applications support director, Orlando Neto da Silva, considera que «os SIG têm vindo a sofrer uma forte evolução, no sentido de se tornarem cada vez mais independentes e menos SIG-cêntricos». Com a rápida e forte evolução das performances de hardware e as capacidades que o software possui para utilização em rede e das tecnologias das bases de dados, «a vertente gráfica ou geográfica da informação passou a ser apenas mais uma das características da informação, com um tratamento especial, mas não tão especial que justifique a existência de um sistema diferente», refere ainda.
Neto da Silva considera que, hoje em dia, este mercado se encontra «marcadamente diferenciado quanto à complexidade e ao tipo de utilizadores». Assim, existem os esporádicos, os técnicos das variadas áreas e ainda os consultores e técnicos de TI, de bases de dados e de cartografia.