Os governos de Moçambique e da Itália assinaram, em Maputo, um acordo de cooperação que visa fortalecer os órgãos centrais da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em diferentes áreas de pesquisa.

Os governos de Moçambique e da Itália assinaram segunda-feira (19), em Maputo, um acordo de cooperação que visa fortalecer os órgãos centrais da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em diferentes áreas de pesquisa, informa a AIM.

Trata-se do Comité Conjunto do Programa de Apoio à UEM para a reforma académica, inovação tecnológica e investigação científica assinado no âmbito da cooperação Moçambique-Itália no sector da educação.

Falando momentos após a assinatura do acordo, o Vice-ministro moçambicano da Educação, Arlindo Chilundo, disse que o mesmo visa promover a participação da UEM na definição, implementação e monitoria dos planos de desenvolvimento do país.

"Esta promoção será através da realização de pesquisas viradas para o desenvolvimento local e da formação de uma massa crítica de técnicos superiores capazes de actuar para o desenvolvimento, bem como promover a inclusão da UEM nas redes académicas e de investigação internacionais.

As pesquisas estão viradas também para a promoção do desenvolvimento económico de Moçambique em sectores de alta tecnologia, incentivando a transferência de tecnologias inovadoras e sustentáveis no plano ambiental, socioeconómico e financeiro", disse Chilundo.

No âmbito deste acordo, está previsto um Comité Conjunto (CC), órgão deliberativo constituído por representantes dos dois governos, que aprova o Plano Geral das Actividades (PGA), os Planos Anuais de Actividades e despesas do programa (PAA), os relatórios de actividades anuais (RAA), as prestações de contas e os Relatórios de Avaliação Anual do programa (RVA).

No entanto, analisados e provados os PGA e os PAA de 2013 e 2014 e de despesa do programa, pela Unidade de Gestão, por Despacho Reitoral e pela Direcção Geral para a Cooperação e Desenvolvimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros Italiano, já estão criadas as condições para o início das actividades previstas no programa.
Falando da iniciativa, o reitor da UEM, Orlando Quilambo, afirmou que "alguns dos grandes apoios que este programa vai dar é a reforma académica em todo o processo de formação ao nível de currículos de licenciatura, de mestrado e de doutoramento, bem como ajudar a desenhar instrumentos que possam garantir que a nossa investigação seja de qualidade".

O projecto todo terá duração de três anos, a partir da data da assinatura do acordo.
Por seu turno, o embaixador da Itália, Roberto Vellano, fez um balanço da evolução da cooperação que o seu país já vem tendo com o governo moçambicano há mais de três décadas com instituições universitárias e de pesquisa.

"Testemunho que o balanço é positivo. É positivo porque a cooperação foi evoluindo ao longo dos anos, uma vez que no princípio prestávamos apoio algumas faculdades da UEM, mas, com esta parceria, passamos a prestar apoio aos órgãos centrais da universidade", disse o embaixador.

Esta é segunda fase do apoio do governo italiano à UEM e vão merecer prioridade as faculdades de Arquitectura, Veterinária, Centro de Estudos de Psicologia e de Ciências para a Área ambiental.
Na primeira fase do programa, são beneficiadas as faculdades de Agronomia, Arquitectura e Economia.

in Africa 21