Engenheiro Fernando Pacheco Torgal com novo livro sobre o uso de plástico reciclado em betão eco-eficiente

Engenheiro Fernando Pacheco Torgal com novo livro sobre o uso de plástico reciclado em betão eco-eficiente

O Engenheiro Fernando Pacheco Torgal, investigador da unidade C-TAC da Universidade do Minho e membro Conselheiro da Ordem dos Engenheiros é editor principal do livro “Use of Recycled Plastic in Eco-Efficient Concrete” a publicar dentro de alguns meses pela Woodhead Publishing-Elsevier Science and Technology.

O mesmo tem ainda como coeditores o Professor J.Khatib da Universidade de Wolverhampton, o Professor F.Colangelo da Universidade de Napoles e o Professor R. Tuladhar da universidade de James Cook

Esta obra é particularmente pertinente no contexto de estudos recentes que apontam para o facto de se prever que até ano 2050 sejam produzidos 25.000 milhões de toneladas de resíduos de plástico, sendo expectável que quase metade daquele valor acabe em aterros ou despejado ilegalmente e disperso pelo meio ambiente em particular em meio marinho, meio esse onde são despejados actualmente o equivalente a 8 toneladas de resíduos plásticos a cada minuto, não admira por isso que os Oceanos contenham aproximadamente 5 kg de biomassa marinha para cada kg de resíduos de plástico e sendo expectável que no ano 2050 e a manterem-se os condicionamentos actuais passe a haver idêntica proporção entre biomassa marinha e resíduos de plástico. Não admira por isso que um estudo muito recente levado a cabo por investigadores Alemães tenha revelado que um litro de gelo do Ártico pode conter até 12.000 micropartículas de plástico esse elevadíssimo valor permite explicar porque é que quase 90% das aves marinhas contém micropartículas de plástico no aparelho digestivo, conforme artigo publicado na conhecida revista Proceedings of the National Academy of Sciences

Em 2017 o Parlamento Europeu aprovou novas metas de reciclagem de plásticos porém o Director Executivo da associação Europeia de Plásticos, Karl-H. Foerster, veio dizer que a meta actual já bastante exigente pelo que será difícil cumprir as novas metas entretanto aprovadas. Essas declarações compreendem-se melhor se atentarmos no facto de uma quantidade expressiva dos resíduos de plásticos produzidos pela Europa ser exportada para a China, o que desde o inicio deste ano já não poderá continuar a ser feito pelo facto daquele país se ter recusado a aceitá-los. Situação essa que torna ainda mais urgente o estudo de formas efectivas capazes de reaproveitar elevadas quantidades de resíduos plásticos que são abordadas no presente livro.

 

Fonte: Fernando Pacheco Torgal




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