Tornando as cidades mais eficientes do ponto de vista energético

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) está a desenvolver novos processos de otimização energética à escala das cidades, através do uso algoritmos avançados que permitem a identificação dos edifícios menos eficientes, que mais contribuem para os impactos ambientais negativos dentro do perímetro urbano.

O objetivo do programa de investigação é minimizar os custos inerentes à reabilitação energéticas das cidades, através de um conjunto de intervenções localizadas nos principais “culpados” – os edifícios que mais energia gastam.

Esta estratégia pode ter impactos profundos na redução da quantidade de eletricidade gasta em processos de aquecimento e arrefecimento dos edifícios (que nos EUA representa cerca de 44% do total da energia gasta em edifícios) e o combate mais eficaz às emissões de dióxido de carbono (representadas em 20% do total nacional por aqueles processos).

A tarefa reveste-se de extrema complexidade, uma vez que têm de ser tidos em conta 82 parâmetros diferentes que podem potencialmente afetar a eficiência térmica global dos edifícios.
Além disso, muitos destes parâmetros têm de ser medidos in-situ, através de técnicos e equipamentos especializados, tornando a tarefa muito pouco prática e até certo ponto, impraticável à escala urbana.

O que os investigadores do MIT concluíram é que das mais de oito dezenas de parâmetros, existem oito que podem ser utilizados de forma exclusiva, para chegar a conclusões bastante precisas.

Esta redução da quantidade de dados necessários para obter resultados fiáveis, foi crucial para tornar realidade o projeto do MIT. Os algoritmos do reputado instituto norte-americano utilizam dados tão simples como o gasto de eletricidade dos edifícios durante os meses frios ou as contas do gás, que podem ser obtidos diretamente e de forma anónima através das companhias de fornecimento desses serviços.

Esses dados primários são conjugados, nos algoritmos de simulação do MIT, com dados de volumetria e tipologia urbana e elementos de variação climática para prever o tipo e a localização das medidas a aplicar, possibilitando a identificação precisa dos edifícios que, ao sofrerem obras de reabilitação energética, mais beneficiam o desempenho energético global da cidade.

Os investigadores dão como exemplo a cidade de Cambridge, na qual intervenções localizadas em 16% dos edifícios resultaria na eliminação de 40% dos gastos de gás natural.

Fonte: MIT




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