Japoneses estão a construir colossal muro de gelo subterrâneo para confinar a Central Nuclear de Fukushima

O Governo do Japão está a construir de uma barreira subterrânea contínua de pergelissolo com 30 metros de altura e mais um quilómetro e meio de extensão, com o objetivo de confinar as instalações danificadas da Central Nuclear de Fukushima.

Este muro impermeável de permafrost artifical está a ser executado através da injeção massiva de fluídos de refrigeração, a muito baixas temperaturas, no perímetro da central.
No total, serão congelados cerca de 70 mil metros cúbicos de solos para permitir a total estanquidade dos quatro edifícios principais atingidos pelo Tsunami de 2011.

A barreira de pergelissolo terá duas funções complementares, assegurando por um lado que não existem fugas de água contaminada dos reatores para o exterior e por outro lado que os os reatores não sejam sucessivamente inundados por águas subterrâneas e oceânicas.

Com uma geometria retangular, o muro de gelo, que está a ser executado pela gigante japonesa da construção civil, Kajima Corp, terá um custo total de 35 mil milhões de yen (o equivalente a cerca de 3 mil milhões de euros).

Para ser possível injetar os fluídos de refrigeração no solo, foram enterradas 1568 condutas com 30 metros de comprimento, ao longo do perímetro da barreira. Estas conduzem uma solução a 30 graus negativos para o seio dos maciços e permitem a formação de colunas de solo congelado, cada uma com cerca de 1 metro de diâmetro.
Quando finalizada a operação inicial de execução, as colunas congeladas formarão uma barreira contínua e horizontalmente estanque.

A bombagem das enormes quantidades de fluido ultra-arrefecido é efetuada a partir de 30 grandes unidades de refrigeração que consomem quantidades massivas de energia elétrica (o equivalente ao consumo elétrico de 13 mil habitações)

A manutenção da barreira de gelo requer um fornecimento constante de solução refrigerante, devendo aquela manter-se em operação pelo menos até ao final de 2021.

 

Fonte: The New York Times; Tepco




Outros artigos interessantes:




Comentar

* Obrigatório