Engenheiros de Singapura utilizam serradura para tornar o betão mais forte e trabalhável

Uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Nacional de Singapura (NUS) está a estudar a integração de subprodutos da indústria da madeira no fabrico de betão com o objetivo de tornar a sua produção mais sustentável e ambiental e também melhorar as propriedades resistentes.

Anualmente são produzidas naquela cidade-estado do sudeste asiático, pelas indústrias do setor da serralharia, mais de 500 mil toneladas de resíduos de madeira, uma parte significativa das quais são serradura. Estes resíduos são geralmente incinerados, colocados em depósito ou reciclados em forma de bio carvão.

O bio carvão é um material rico em carbono, de elevada porosidade, capaz de absorver e reter água, sendo utilizado tradicionalmente no setor da agricultura, para melhorar as qualidades produtivas dos solos.

A serradura proveniente de unidades industriais de fabrico de mobiliário, existentes na periferia da área metropolitana de Singapura, pode ser reciclada e transformada em bio carvão, pronto a ser misturado com cimento Portland e integrado, em percentagens significativas, no fabrico de betão para construção civil.

A utilização de bio carvão permite alterar as características da argamassa, nomeadamente o processo de cura e endurecimento, tornando os elementos de betão mais resistentes e aumentando significativamente a sua impermeabilidade.

De acordo com os engenheiros da Universidade Nacional de Singapura, o bio carvão facilita igualmente a operação de descofragem das estruturas de betão armado, poupando tempo e baixando os custos globais das obras.

A percentagem ótima de integração é de 50 quilogramas de bio carvão de serradura em cada tonelada de betão fabricado.




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