Betão reforçado com fibras 3D desenvolvido em Inglaterra

Uma equipa de Engenheiros Civis da Universidade de Northumbria estão a estudar as vantagens de utilização de fibras metálicas tridimensionais no reforço de elementos de betão. O estudo é dirigido a aplicações críticas, tais como instalações e edifícios de elevada segurança construídos em betão armado.

As fibras metálicas têm sido utilizadas há várias décadas no reforço de elementos estruturais de betão e são uma alternativa vantajosa, em certas aplicações e em determinados aspetos, ao reforço corrente com varões de aço. Têm, no entanto, algumas desvantagens importantes no comportamento das estruturas ao impacto de cargas pesadas e a explosões, originando a produção de estilhaços voadores de elevada perigosidade.

Isto acontece devido à forma como o betão reforçado com fibras é fabricado, nomeadamente à forma aleatória como as fibras são distribuídas no seio dos elementos estruturais e à geometria das próprias fibras. Estes dois aspetos potenciam a redução da manutenção da inteireza dos elementos estruturais em caso de explo

Nesse âmbito os investigadores da Universidade de Northumbria estão a desenvolver um novo tipo de fibras de aço, com geometria otimizada tridimensionalmente, que permitam o aumento da capacidade de absorção de energia de elementos de betão reforçado com fibras. Ao contrário das fibras “2D” tradicionais, as novas fibras têm a forma de um laço com segmentos que formam ângulos retos.

Ensaios com as fibras 3D mostram que estas são significativamente mais eficazes na fixação do agregado nos elementos de betão, o que resulta em estruturas mais resistentes, com menor probabilidade de estilhaçamento. As estruturas de teste construídas com este tipo de fibras revelaram uma redução de 78% na fragmentação, em comparação com estruturas similares fabricadas com fibras 2D correntes, quando sujeitas a ondas de choque.

As novas fibras 3D têm aplicações não apenas na construção de estruturas em edifícios militares e de elevada segurança, mas também na execução de estruturas de proteção costeira ou barreiras rodoviárias.

Fonte: EngenhariaCivil.com; Universidade de Northumbria




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