Conforto Acústico de um Compartimento – Isolamento aos Sons Aéreos

Conforto acústico

Uma parede divisória, para além de contribuir para a delimitação de um espaço, deverá satisfazer determinadas exigências funcionais ditadas tanto pela legislação, como pela necessidade de dar satisfação às necessidades dos utentes dos espaços interessados. Uma exigência funcional importante a satisfazer é a que diz respeito à obtenção de conforto acústico. O conforto acústico é uma das exigências essenciais das construções. Na generalidade das situações é fundamental para a obtenção do necessário conforto acústico, que a divisória constitua um eficaz obstáculo à transmissão dos sons aéreos.

Entende-se por sons aéreos, aqueles que são produzidos por fontes sonoras que excitam directamente o ar, enquanto os que são produzidos por acções de choque, isoladas ou repetidas, sobre elementos de construção são sons de percussão.

Texto baseado no original de José Júlio Braga Correia da Silva




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3 Comentários a Conforto Acústico de um Compartimento – Isolamento aos Sons Aéreos

  1. Nicole Fischer - Atenua Som

    Vale lembrar que no Brasil está em tramitação a revisão da Norma, NBR 15575, que prevê os índices mínimos aceitáveis para o conforto acústico, entre outros requisitos. Infelizmente, apesar de prevista para entrar em vigor em novembro de 2010, a Norma NBR 15575 foi adiada para maio de 2011 e ainda corre o risco de ser adiada por mais dois anos. A Norma tem por finalidade estabelecer parâmetros mínimos obrigatórios de qualidade e desempenho para sistemas como: estruturas, pisos internos, paredes e vedações, esquadrias, coberturas e hidráulica. Entre estes parâmetros está o mais polêmico dos itens: desempenho acústico.

    No mundo inteiro (Europa, Japão e Estados Unidos) o mínimo aceitável para uma boa noite de sono é 35 dB. No Brasil, depois de muita discussão este número subiu para 39 dB, pois os interessados alegaram falta de preparo para atender tal índice, pois implicaria em aumento de custos dos materiais envolvidos na construção. É onde começa o problema!

    Durante as últimas décadas assistimos a utilização de materiais cada vez mais leves sendo utilizados em pisos, paredes, esquadrias e na construção civil como um todo, o que levou a custos de construção cada vez mais baixos, sem reduzir um centavo no preço final dos imóveis vendidos. Este cenário contribuiu para um péssimo desempenho acústico das novas construções. A pretensão da Norma é atender milhares de vozes que não suportam morar em edifícios barulhentos onde, por exemplo, ouve-se o caminhar e o banho do vizinho do andar de cima.

    O segmento da construção civil brasileiro está sendo desmoralizado e responsabilizado por este absurdo, pois se argumenta que o setor não tem condições de atender as exigências previstas em norma, o que não é verdade. As indústrias fizeram o seu papel e estão prontas para atender quaisquer exigências. Não é possível, por exemplo, aceitar que o construtores continuem a utilizar um vidro de 3 ou 4 mm, que não resolve problemas de barulho, enquanto a indústria possui ampla gama de vidros que atendem perfeitamente às necessidades previstas na norma, que não sai do forno.

  2. Jal Acústica

    Excelente post!
    É importante entender o funcionamento das placas de isolamento acústico aéreo para que as pessoas possam optar pelos melhores materiais e melhores formas de implantação acústica em seus ambientes… Parabéns pelo post!

  3. Navarro

    Prezados senhores,
    A Norma ABNT NBR 15.575 está em vigor desde meados de 2013. Sem dúvida foi um avanço tremendo na área e esperamos que ela seja exigida pelas cortes, praticada pelas construtoras e aperfeiçoada brevemente.

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