Modelação hidráulica do canal de canoagem dos Jogos Olímpicos do Rio 2016

O interessante processo de construção de um modelo hidráulico de superfície livre, à escala 1:13 do canal de slalom de canoagem dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. A modelação física permitiu testar múltiplas variações do projeto do canal e garantir que as especificações técnicas da infraestrutura eram cumpridas.

A tarefa de modelação foi empreendida pela Universidade Técnica da República Checa em Praga, num esforço conjunto de engenheiros, professores e investigadores e pelas empresas Whitewater Parks International (consultora especializada em infraestruturas aquáticas) e Cundall Johnston and Partners, consultora britânica de engenharia civil e ambiental.

Embora a modelação digital prévia tenha permitido prever o comportamento aproximado do desempenho do canal de superfície livre e a forma como o escoamento se processaria, só o modelo físico permitiu aos engenheiros otimizar o posicionamento das quase 900 barreiras e aumentar a eficiência hidráulica, testando de forma sistemática uma imensidão de diferentes configurações.

No pequeno filme, produzido pela Whitewater Parks, é possível acompanhar o processo de preparação e assemblagem dos diferentes componentes do canal nas instalações laboratoriais da Universidade Técnica da República Checa em Praga.

O projeto de construção do modelo implicou o uso de 17,9 kg de cola, 2700 ligações aparafusadas, 46 metros quadrados de chapa de aço galvanizado e 890 pequenos ímanes, que possibilitaram o fácil reposicionamento das barreiras no interior do canal de slalom.

As potentes bombas do laboratório permitiram fazer circular pelo modelo cerca de de 20 litros por segundo de água, correspondentes a 12 metros cúbicos por segundo do protótipo (de acordo com a definição presente na Teoria da Semelhança).

No vídeo é também mostrada a comparação de características específicas do canal com exemplos reais e o processo de documentação das diferentes variáveis do modelo, incluindo as velocidades, profundidades e linhas de corrente.

 

Fonte: Whitewater Parks




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