Nova tecnologia alemã consegue elementos estruturais de CFRP mais resistentes e baratos

Investigadores do Instituto Fraunhofer de Tecnologia Química (ICT) estão a desenvolver um novo processo, mais rápido e eficiente de fabricar elementos estruturais de Polímeros Reforçados com Fibras de Carbono (CFRP). A tecnologia passa pela irradiação direta no vácuo por radiação infravermelha, das matérias primas.

Os processos de fabrico atuais de elementos estruturais de CFRP implicam o uso equipamento pesado e dispendioso, consistindo, quase sempre, na compressão do plástico derretido entre as malhas de fibra de vidro ou carbono.
Devido aos ciclos de aquecimento e arrefecimento subjacentes ao processo, este está associado a gastos de energia elevados que encarecem substancialmente o preço final do material. Isto restringe a viabilidade da sua aplicação a casos muito específicos, que representam uma fatia pequena do leque de aplicações, no setor da construção, em que o CFRP teria um comportamento superior ao dos materiais correntemente utilizados.

A nova tecnologia do ICT, um instituto localizado em Pfinztal, no Sudoeste da Alemanha, permite que os ciclos de aquecimento sejam efetuados diretamente através de radiação infravermelha, num ambiente de vácuo, possibilitando que a energia seja utilizada de forma otimizada.
Para tal os investigadores tiveram de construir moldes com materiais capazes de transmitir a radiação infravermelha, num intervalo específico de comprimentos de onda, que não sofressem deformações ou expansão em resultado do aumento de temperatura durante o processo de moldagem.

Devido ao facto de o calor ser distribuído de forma uniforme e em simultâneo em todos os pontos e de serem usadas pressões de baixa amplitude, o processo permite o fabrico de elementos estruturais mais fortes, com menores probabilidades de conterem defeitos.

Além de menos dispendioso do ponto de vista energético, o novo processo é também muito mais rápido, podendo demorar menos de um minuto em vez de meia hora ou até várias horas.

A tecnologia tem também a vantagem de poder ser utilizada em linhas de fabrico tradicionais e de implicar equipamento de menores dimensões, não sendo necessário o recurso às tradicionais mega-prensas capazes de aplicar várias toneladas de pressão.




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