Ensaio de uma laje mista de madeira e betão no laboratório de estruturas da OSU

A Skidmore, Owings & Merrill (SOM) divulgou em vídeo, um dos múltiplos ensaios estruturais para determinação do comportamento do seu novo sistema estrutural sustentável misto, que utiliza madeira e betão armado, destinado à construção de edifícios de grande altura. O ensaio foi realizado nos laboratórios de mecânica estrutural da Universidade Estatal de Oregon (OSU).

O novo sistema estrutural ecológico, denominado “Concrete Jointed Timber Frame” (que se traduz para algo como “Estrutura de Madeira com Ligações de Betão”), foi desenvolvido no âmbito do Projeto TTR (“Timber Tower Research“) e faz uso de madeira maciça, como material estrutural primário, associada à utilização de betão armado nas ligações estruturais e em outros pontos específicos.

De acordo com a SOM, que conta com a participação da Universidade Estatal de Oregon e da iniciativa industrial SLB (“Softwood Lumber Board“), no desenvolvimento do projeto, o sistema tira partido das vantagens e benefícios de cada um dos dois tipos de materiais de construção envolvidos, otimizando o desempenho estrutural e permitindo uma redução da pegada ecológica em até 75%, quando comparada com o uso exclusivo de betão armado.

As mais de duas dezenas de conjuntos de ensaios realizados até à data, culminaram com o teste do elemento estrutural, à escala real, que aparece no filme da SOM.
O elemento ensaiado, com 11 metros de comprimento e 2,4 metros de largura, foi dimensionado para ter as características de um elemento laje de piso, pré-fabricado e modular, tipicamente utilizado na construção de edifícios de grande altura.

À porção inferior da laje, constituída por madeira laminada colada cruzada (CLT) e a funcionar predominantemente em tração no ensaio, foi associada uma fina camada de betão armado de topo que além de permitir responder à magnitude máxima dos esforços de compressão, otimizando o desempenho estrutural, oferece ao conjunto, melhores condições acústicas e de comportamento ao fogo.

O elemento estrutural entrou em rotura ao final de duas horas, para uma carga última de aproximadamente 37 toneladas, um valor cerca de oito vezes superior à carga de dimensionamento. O registo dos diferentes parâmetros foi efetuado com o auxílio de 48 sensores estruturais.

 

Fonte: SOM




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