Uso de inteligência artificial na monitorização de ETAR

Investigadores da Universidade de Waterloo (UW), no Canadá, desenvolveram um software que utiliza aprendizagem artificial para identificar e quantificar diferentes tipos de bactérias e algas presentes em estações de tratamento de águas residuais (ETAR).

O sistema, que poderá representar um avanço significativo na eficiência, precisão e na redução dos custos associados à operação de ETAR foi criado pelo Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UW, em cooperação com o Instituto de Águas de Waterloo.

A aplicação serve como dispositivo sentinela de aviso de perigos associados à qualidade das águas, funcionando com base em dados obtidos através de um microscópio integrado no sistema. Permite a recolha automática de amostras de água e a sua análise, com base em imagens de microscopia eletrónica, em busca de organismos potencialmente nefastos.

Os métodos atuais de teste da qualidade das águas envolvem a recolha manual de amostras, o seu envio para laboratório e análise por técnicos especializados, o que pode demorar tipicamente entre um a dois dias. Embora existam sistemas automáticos de recolha e análise, estes requerem equipamento e materiais de custo elevado.

O novo sistema de inteligência artificial permite que o processo seja automático e possa ser efetuado num período de apenas 2 horas, sendo os alertas analisados a posteriori por um operador humano. Este dará, por um lado, a sua confirmação relativamente às conclusões tiradas pela máquina e fornecerá resultados que permitirão a calibração do modelo e avanços na aprendizagem/precisão do sistema.

Trata-se sobretudo de um sistema de alerta precoce, que combina a recolha rápida e, portanto, mais frequente de amostras, com todas as virtudes da aprendizagem artificial, permitindo a deteção de uma gama alargada de contaminantes e microrganismos.

Embora o sistema já tenha sido testado com sucesso em ambiente real, a passagem da fase de protótipo para um sistema comercial para uso generalizado em ETAR poderá demorar ainda 2 a 3 anos a ser concretizada.

Fonte: EngenhariaCivil.com; Universidade de Waterloo




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