Engenheiros alemães criam pás inteligentes para turbinas eólicas

Engenheiros do Instituto Fraunhofer de Energia Eólica e Tecnologias de Sistemas Energéticos (IWES), em Bremerhaven, desenvolveram pás de rotores de turbinas eólicas capazes de se adaptar, de forma dinâmica, às flutuações na intensidade do vento, potencialmente otimizando a produção de energia.

Os investigadores alemães centraram-se nos efeitos de encurvadura por flexão-torção em turbinas eólicas e à forma muito lenta como as pás convencionais se adaptam a alterações bruscas na força do vento.

As pás inteligentes, desenvolvidas pelos engenheiros alemães são capazes de girar ligeiramente em torno do seu próprio eixo quando rajadas de vento atingem a turbina. Isto possibilita uma mitigação mais eficiente das pressões indesejáveis do vento sobre as turbinas, o que permite que o peso próprio das mesmas possa ser reduzido, sem que a segurança seja comprometida.

A tecnologia pode ser igualmente utilizada, de forma vantajosa, em torres eólicas existentes. Permite que as pás convencionais possam ser substituídas por pás de maior comprimento sem ter que ser efetuada qualquer tipo de modificação nos restantes elementos dos rotores.

As pás projetadas pelo IWES e fabricadas pelo Centro Geoespacial Alemão (DLR) vão ser agora sujeitas a baterias de ensaios estáticos e dinâmicos durante um período de várias semanas, de forma a avaliar a sua resistência, desempenho e adequabilidade ao mercado.
Devido à forma como as novas pás inteligentes são fabricadas, é necessária a realização de testes com complexidade acrescida, devendo, por exemplo ser medidas as deformações, segundo os três eixos, com maior precisão do que aquela usada em pás tradicionais.

As novas pás inteligentes são também uma excelente notícia para o mercado alemão da energia eólica. Isto porque a Alemanha é atualmente um dos gigantes mundiais do setor, com mais de 28 mil turbinas eólicas e uma produção total de 50 gigawatts, o que corresponde a mais de 12 por cento do total da eletricidade produzida no país.

 

Fonte: EngenhariaCivil.com; IWES




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